ES: Estado investe R$ 34,4 milhões em merenda escolar sustentável

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), anunciou na terça-feira (20) um investimento de R$ 34,4 milhões na aquisição de gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar para compor a merenda escolar. A medida faz parte da Chamada Pública nº 002/2024 e vai beneficiar cerca de 369 unidades escolares em todos os 78 municípios capixabas, com início das entregas previsto para o próximo dia 26. O valor representa três vezes mais que o investido no ano anterior, reforçando o compromisso com a educação e o desenvolvimento rural.

A iniciativa está alinhada ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina que pelo menos 30% dos recursos destinados à merenda sejam usados na compra direta de produtos da agricultura familiar. Entre os itens adquiridos estão feijão, farinha de mandioca, mel, polpas de frutas, hortifrutigranjeiros frescos, laticínios e proteínas como tilápia. Além disso, a lei federal prioriza a participação de mulheres agricultoras, comunidades quilombolas e assentamentos da reforma agrária, promovendo inclusão social e distribuição de renda.

O governador Renato Casagrande destacou a sinergia entre desenvolvimento econômico, educação e sustentabilidade: “A vida é feita de equilíbrio e com a produção também é assim”. Ele ressaltou ainda a redução de 62% no desmatamento no estado nos últimos anos e enfatizou a importância de conciliar produtividade com preservação ambiental. “O caminho que estamos seguindo está dando certo e vamos seguir no mesmo rumo”, afirmou, incentivando outras instituições a adotarem modelos semelhantes.

Além de garantir uma alimentação saudável aos estudantes, a política fortalece a economia local e incentiva práticas sustentáveis no campo. Os pagamentos aos produtores serão realizados mediante nota fiscal, com recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A execução será acompanhada pela Subgerência de Alimentação Escolar da Sedu, em articulação com as demais áreas técnicas. “Valorizamos a produção local e, ao mesmo tempo, investimos na alimentação saudável dos nossos estudantes”, concluiu o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
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