Bahia lidera revolução verde na indústria brasileira

A Bahia está reescrevendo o futuro da indústria nacional ao aliar crescimento econômico e sustentabilidade, posicionando-se como líder em energia renovável no Brasil. Com 99% de sua matriz energética limpa, o estado lançou o Programa de Transição Energética (Protener), pioneiro no país, que já atraiu projetos como o da Acelen Renováveis – um investimento de US$ 3 bilhões para produzir combustíveis sustentáveis de aviação a partir da macaúba, palmeira nativa domesticada para fins industriais. “A Bahia oferece competitividade única para energias renováveis”, destaca Marcelo Lyra, vice-presidente da Acelen.

Além do setor de biocombustíveis, o polo industrial de Camaçari recebeu a Unipar, que investiu R$ 190 milhões em uma fábrica de cloro e soda, essenciais para saneamento básico e agronegócio. A instalação catalisou ainda a chegada da Dragão Química, reforçando a cadeia produtiva regional. “A parceria com a Bahia vai além de negócios – é um compromisso com desenvolvimento socioeconômico”, afirma João Abreu e Lima, executivo da Dragão. Paralelamente, iniciativas como o Recicla Solar da Coca-Cola superaram metas ambientais, reciclando mais PET do que o volume inserido no mercado baiano.

O secretário Angelo Almeida ressalta que o Protener é a espinha dorsal dessa transformação, fomentando hidrogênio verde, biocombustíveis e inovação tecnológica. “Queremos ser o maior hub de combustível verde do país”, projeta. Os resultados são tangíveis: apenas em 2024, a Bahia saltou para o topo do ranking nacional em capacidade instalada de energia eólica e solar, enquanto projetos como o da macaúba colocam o estado na vanguarda da bioeconomia global.

No Dia da Indústria (25/05), a Bahia celebra não apenas números – como os R$ 20 bilhões em investimentos previstos até 2026 –, mas um modelo de desenvolvimento que concilia produtividade e preservação. Da reciclagem de resíduos à geração de empregos verdes, o estado prova que a indústria do futuro já opera no presente, tornando-se um caso de sucesso para o Brasil e o mundo. “Estamos construindo uma economia forte, inclusiva e carbono-zero”, conclui Almeida.
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