
De papel passado e tudo! Suzano compra metade do mundo da Kimberly-Clark e passa a mandar na “zorra” toda
Com uma tacada bilionária e ousadia brasileira, Suzano assume o controle global do papel higiênico — e redefine seu papel no mercado.
A Suzano, colosso brasileiro da celulose, decidiu que não vai mais ser apenas a fábrica por trás das folhas — agora quer assinar as marcas que limpam, enxugam e embalem o mundo. Em uma jogada que fez o mercado internacional espirrar e os concorrentes passarem a mão na testa, a companhia anunciou a aquisição de 51% das operações de papel tissue da norte-americana Kimberly-Clark fora dos EUA. Valor do cheque: 1,734 bilhão de dólares. Valor simbólico: uma guinada estratégica sem precedentes.
A transação inclui o controle de 22 fábricas em 14 países, um arsenal de lenços, toalhas e rolos com DNA multinacional, vendidos em mais de 70 nações. A operação será centralizada em uma nova joint venture com sede na Holanda, onde a Suzano senta na cabeceira da mesa. É papel, mas não é pouca coisa. Estamos falando de entrar com os dois pés (e as duas mãos) em banheiros, salas cirúrgicas, cozinhas e empresas mundo afora — com a mesma fibra que já consagrou o Brasil como líder em celulose.
E a compra não é só de máquinas e marcas. É também de legado. A empresa leva junto um portfólio de peso, que vai de marcas regionais queridinhas a gigantes globais, com licença de uso estendida e sem pagar royalties. Isso significa que, daqui pra frente, a Suzano não vai mais só abastecer a prateleira invisível da matéria-prima — vai disputar espaço direto na gôndola do supermercado. O movimento mira o consumidor final com produtos “family care” e “professional business”, num combo que abraça lares e corporações com a mesma folha.
Mas engana-se quem pensa que é só expansão de mercado. A Suzano está dobrando sua aposta em valor agregado. A lógica é clara: sai a commodity, entra o consumo. Sai o preço oscilante da tonelada, entra o tíquete fixo da embalagem. É estratégia para ter margem, previsibilidade e, claro, relevância. A meta é clara como o branco do papel: tornar-se uma das maiores fabricantes mundiais de tissue — sem abrir mão da liderança em celulose de eucalipto.
O fechamento da operação depende ainda de trâmites regulatórios e está previsto para meados de 2026. Até lá, o mundo dos negócios segue observando. E o Brasil assiste de camarote — ou melhor, do trono — ao protagonismo global de uma gigante nacional que, ao invés de se contentar em ser matéria-prima, decidiu virar produto. Com essa tacada, a Suzano esfrega na cara do mundo que o país tem competência não só pra plantar e colher, mas também pra fabricar, inovar e liderar. E tudo isso com cheiro de eucalipto e DNA verde-amarelo.
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