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Vida Saudável - 3 de maio de 2021

Farinha de mandioca pode ajudar no controle do colesterol.

Nada mais brasileiro do que a farinha de mandioca. Quando os navegadores europeus aportaram por aqui, os índios já haviam desenvolvido a técnica para neutralizar o veneno da mandioca brava ou amarga e fazer a farinha. O farelo energético que podia ser armazenado foi a barrinha de cereais dos nossos antepassados. Garantiu a sobrevivência de indígenas e colonizadores e foi utilizado de norte a sul do país ao longo dos séculos.

Gabriel de Carvalho, nutricionista que trouxe o termo nutrição funcional para o Brasil no final dos anos 1990, retoma a lógica básica por trás da necessidade de colocar esses concentrados no prato. “As pessoas precisam porque estão deficientes. Por que o colesterol baixa (com as farinhas)? Porque as pessoas comem pouco ômega-3, pouco peixe, por exemplo, e estão carentes” diz. Ou seja, o alimento faz bem porque compensa um desequilíbrio. Gabriel, que come linhaça todos os dias, aprova as farinhas como complementos na prevenção de doenças ou na fase de manutenção após um tratamento.

Para evitar a armadilha sensacionalista dos “alimentos mágicos”, é bom ter em conta que a indicação desses produtos se baseia na composição química. Para boa parte dos especialistas, ainda faltam estudos científicos mais relevantes em humanos. Quando se obtém resultados animadores em cobaias, surgem evidências, mas algumas questões ficam pendentes. Uma delas é quanto o organismo humano consegue aproveitar os nutrientes do alimento, ou seja, da farinha, que é chamado de biodisponibilidade, em linguagem técnica.

Fibras solúveis e insolúveis ajudam a ficar em paz com o colesterol, a glicose, a balança e o relógio intestinal, além de reforçar a imunidade. As fibras ficam mais tempo no estômago e tornam mais lenta a absorção da glicose, evitando os picos nas taxas de açúcar. Níveis mais estáveis de glicose favorecem tanto o equilíbrio do diabetes quanto o mecanismo da saciedade, pois enquanto têm combustível para queimar as células não mandam mensagens de fome para o cérebro.

Aliadas na prevenção das doenças car­diovasculares, como o infarto e o aci­dente vascular cerebral (AVC), as fi­­bras são capazes de enxugar o excesso de colesterol, carregando com elas parte das gorduras. E ainda servem de alimento para as bactérias do bem que moram no intestino. No final, tudo vai embora com muito mais fa­ci­lidade, numa saudável faxina interna.

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